A única coisa

Não me lembro como “The One Thing: the surprisingly simple truth behind extraordinary results” (tradução livre: “A única coisa: a supreendentemente simples verdade por trás de resultados extraordinários”), de Gary Keller e Jay Papasan veio parar nas minhas mãos; a única certeza é que é um livro usado, pois veio cheio de anotações (adoro!).

A premissa do livro é um desafio que chega a ser quase cômico para mim: escolher apenas uma e única prioridade para se concentrar e ser bem-sucedido. Logo eu, a rainha do “tudo ao mesmo tempo agora”. A primeira coisa que pensei foi: tá certo. Na verdade, vai ver que eu não quero ser um sucesso; quero é me divertir….rsrs… 

Mas vamos ao que interessa: o conteúdo do livro!

Continue reading “A única coisa”

A onda

Semana passada estava passeando num mercado de pulgas aqui em Berlim e encontrei uma edição antiga de “The Wave: the classroom is out of control” (Tradução livre: “A onda: a sala de aula fora do controle”), de Morton Rhue (pseudônimo de Todd Strasser).

Quando vi o preço (€ 3) e disse que ia levar, o moço perguntou se eu conhecia a história. Eu disse que sim e ele ficou um pouco impressionado (devo ter cara de quem não lê muito, pois o vendedor dos outros livros que comprei em outra barraca fez o mesmo comentário; se eu já conhecia o autor — ficou surpreso quando eu disse que sim e já tinha lido a trilogia…hahahaha).

Enfim, mas vamos ao que interessa: esse livro ficou muito famoso na década de 1980, quando foi publicado, e gerou mais de um filme, inclusive o mais recente disponível na Netflix (para variar, não assisti). Pelo que li da sinopse, o filme lançado em 2008 muda os nomes e várias partes da história. O que vou contar aqui é a história do livro em sua versão original.

Continue reading “A onda”

O som do rugido da onça

Nossa, sei nem o que escrever sobre “O som do rugido da onça”, de Micheliny Verunschk. Uma história tristíssima e tocante; pior — um romance baseado em fatos.

Eis que estamos em 1820 e uma dupla de cientistas alemães, os naturalistas Spix e Martius, viajam numa expedição ao Brasil, com o patrocínio do rei bávaro Maximilian Joseph, para capturar amostras exóticas daquelas terras longínquas e engrandecer a coleção do nobre. Por amostras exóticas entenda-se: bichos, plantas e selvagens (no caso, seres humanos indígenas).

Continue reading “O som do rugido da onça”

Fim

Estava super curiosa para conhecer a Fernanda Torres como escritora; já era fã da atriz há décadas; ela é uma das mais brilhantes artistas da sua geração. Sabia também que há alguns anos a moça é colunista do jornal A Folha de São Paulo; mas como não sou assinante, ainda não tinha lido nada que pudesse servir de referência.

Assim, foi com muita expectativa que abri “Fim”, seu primeiro romance, que trouxe da minha última viagem ao Brasil. E já posso adiantar: eita que mulher talentosa!

Continue reading “Fim”

Pequena coreografia do adeus

Eu já tinha ouvido falar nessa autora mas não tinha me atentado muito a respeito. Até que estive no Brasil, no mês passado e, visitando uma livraria, minha queridíssima e amada irmã me deu  “Pequena Coreografia do Adeus”, de Aline Bei. Ela disse que eu ia amar, e como minha irmã Andréa Ferraz me conhece bem!

Estou aqui meio que sem palavras para falar sobre a experiência maravilhosa que foram essas horas mergulhada na vida da Júlia, a protagonista.

Continue reading “Pequena coreografia do adeus”

A cabeça do santo

A Cabeça do Santo”, de Socorro Acioli, foi o livro do mês de novembro do Clube do Livro de Münster, e, olha, achei muito bem escolhido.

Ainda não conhecia a autora, talvez porque as obras anteriores tenham sido autobiografias e livros infantis; esse é o primeiro romance dela (começou muito bem).

A história é simples, bem escrita e a gente lê em poucas horas. 

Começa com Samuel, o personagem principal, deixando a cidadezinha em que morou a vida inteira com a mãe, logo depois do enterro dela. Mariinha, sua genitora, morreu deixando uma lista de desejos para ele realizar. Basicamente, procurar seu pai e avó numa cidade próxima e acender uma vela aos pés das estátuas de cada um dos seus três santos de devoção. Um na sua própria cidade, um em uma cidade vizinha e outro na cidade onde seu pai e sua avó moravam.

Continue reading “A cabeça do santo”

Confinada

Comecei a seguir o Leandro Assis no Instagram há alguns anos, com a série de quadrinhos intitulada “Os Santos”, que ele escrevia em colaboração com a escritora Triscila Oliveira. 

É uma parceira de milhões, pois Leandro, roteirista profissional premiado (é dele o fantástico “A mulher invisível”, com o Selton Melo, lembra?) via os comportamentos bizarros das classes mais endinheiradas do nosso país e tentava fazer uma crítica. Mas foi em conjunto com Triscila, que já foi empregada doméstica, que a crítica social ficou mais verossímil e sensível.

Continue reading “Confinada”

A pediatra

Voltei do Brasil com uma pilha de autores brasileiros que queria muito ler! Um deles foi a aclamada “A pediatra”, de Andrea del Fuego. Muita gente das minhas redes sociais gostou e recomendou; basta dizer que o texto da quarta capa foi escrito por ninguém menos que a Fernanda Torres (também trouxe um livro dela, pois não a conheço ainda como autora).

Começando pelas trivialidades (importantíssimas para mim…rsrs): a capa é belíssima e a edição, primorosa. Não esperava menos da Companhia das Letras, mas nunca é demais elogiar uma publicação caprichada, né?

Continue reading “A pediatra”

O DIA EM QUE VISITEI UM PRESÍDIO LGBTQIA+

Essa foi uma das experiências mais impactantes da minha vida. 

Há alguns dias fui ao Brasil para ver meus queridos em Campinas e em São Paulo. Também passei 3 dias em Belo Horizonte, minha cidade do coração, onde tenho irmãos por escolha. 

Um deles é o meu amado Tio Flávio (ele não é meu tio de verdade, mas usa esse nome desde que era professor de pós graduação em marketing, quando o conheci — desde então, assumiu como marca), que sempre me acolhe na sua casa e me leva para conhecer um mundo novo e ampliar minha visão de como as coisas funcionam fora da minha bolha. Ele tem projetos sociais que envolvem mais de 1000 voluntários.

Continue reading “O DIA EM QUE VISITEI UM PRESÍDIO LGBTQIA+”

Os sete maridos de Evelyn Hugo

Já fazia tempo que acompanhava o premiado “The seven husbands of Evelyn Hugo”, de Taylor Jenkins Reid, em listas de mais vendidos e recomendações literárias diversas. Aí, quando vi que era o livro de dezembro no Clube do Livro de Münster, fui obrigada a lê-lo. Não teve outro jeito.

Na história, Evelyn é uma ex estrela de Hollywood dos anos 1950 que, perto de completar 80 anos resolve dar uma entrevista exclusiva a uma revista de variedades, com a exigência de que o trabalho seja feito por Monique Grant, uma jornalista não tão experiente, apesar de talentosa (o que causa certa estranheza na editora do veículo). Estão todos em polvorosa porque a atriz está recolhida há décadas sem falar com a imprensa.

Continue reading “Os sete maridos de Evelyn Hugo”